Texto: Ricardo Milan
O governador-tampão Carlos Brandão mostrou mais uma vez que trocar de sigla não muda o posicionamento político-ideológico de ninguém. Por mais que o professor de Deus Flávio Dino tenha ungido e pintado seus postes de vermelho, os anos atrelados ao coronelismo os impedem de mudar o tratamento e as suas visões de mundo.
Em sabatina para o portal Imirante na manhã de ontem, o governador-tampão demonstrou toda a sua arrogância e desconhecimento em relação aos povos tradicionais do Maranhão. Com visão atrasada e colonialesca, em que desconhece os quilombolas como seres culturais de direito para transformá-los em algo que teríamos que “conviver”, a postura de Brandão é vergonhosa e inaceitável, principalmente sendo governador de um Estado que tem uma das maiores concentrações de quilombos do Brasil e devido ao grande número de escravizados em São Luis, construíram no bairro da liberdade o maior quilombo urbano do mundo.
Ao chamá-los de atrasados e tentar negar a importância da sua cultura ancestral, o governador-tampão desrespeita ainda mais a memória do povo negro que ajudou a construir a história do nosso Estado.
Como latifundiário, essa postura já era esperada, entretanto, como chefe do governo estadual e ungido à condição de novo pessebista por Flavio Dino e com a ajuda de marqueteiros pensavam ser possível enganar a população maranhense e esconder o ranço de coronel enraizado em Brandão. Não conseguiram; bastou um apertinho que logo apareceu o verdadeiro governador-tampão.
É de estranhar o silêncio dos “companheiros” do PT sobre mais essa agressão às comunidades tradicionais. Engraçado que alguns deles inclusive tentam bolsonarizar a todos que não comungam do seu projeto de poder e não enxergam que o bolsonarismo está dentro dos pensamentos e ações do governador tampão Carlos Brandão.
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